A Vila romana de São Cucufate é um conjunto de ruínas romanas da vila romana Ául
ica
do século I d.C. em Vila de Frades, Portugal. Este sítio arqueológico
reúne vestígios de termas, jardim e um templo, posteriormente adaptado
ao culto cristão: o convento dedicado a São Cucufate, um mártir
executado em 304 na actual Catalunha. Supõe-se que foi uma importante
casa agrícola, testemunhando a antiguidade e importância desta
actividade no Alentejo.
A
origem do sítio arqueológico de São Cucufate remonta à ocupação romana,
no século I, com registo de várias alterações ao longo do tempo. No
século II é feita uma segunda edificação e a casa terá sido refeita no
século IV para dar origem a uma vila palaciana, cujas ruínas monumentais
permanecem hoje, supondo-se que terá sido uma próspera casa agrícola.
Próximo do local original de entrada na vila, na sua frente, surge um
templo dedicado a divindades não identificadas, com características
semelhantes às do templo das ruínas romanas de Milreu, em Estói, perto
de Faro. No século V o edifício foi convertido ao culto cristão.
Subsistem vestígios de um jardim com um tanque de pedra que poderá ter
sido utilizado como piscina, um hábito comum numa região quente. Da vila
permanecem dois corpos laterais com contrafortes, unidos por arcadas,
sustentando um andar superior (hoje desaparecido) que terá albergado a
zona residencial. A entrada dos fazia-se por três escadarias que davam
acesso a uma zona elevada descoberta, e que se prolongava por uma área
coberta por uma abóbada de que se vislumbram alguns vestígios.
No
interior da construção surgem salas abobadadas que teriam servido para
armazenar talhas destinadas de vinho e ao azeite, produtos agrícolas da
região, valorizados pelos romanos.
Ao piso superior - a zona
nobre - acedia-se por uma escada íngreme que contrasta com a
grandiosidade do edifício, que faria acesso a uma varanda, correndo ao
longo da fachada. Nas traseiras, vislumbra-se outro tanque. Da segunda
construção (século II) foram conservados o triclínio, uma sala de
refeições romana, com três leitos em volta de uma mesa, com um pavimento
róseo.
Das termas subsiste a sua arquitectura com as
canalizações em pedra que levavam a água as zonas do frigidário, bem
como os arcos nas zonas das fornalhas que aqueciam o tepidário e o
caldário. A norte desta zona termal são visíveis os muros que
delimitavam a área de trabalho da propriedade, com os aposentos para
criados ou escravos que se ocupavam da agricultura e um lagar.
Foi classificada como Monumento Nacional em 1947.
(In Wikipédia)